Nasceu no Funchal, capital da ilha portuguesa – Madeira, em 5 de fevereiro de 1985 como o quarto filho da família Aveiro – como a sua mãe admite – não planeado. O pai Dinis era jardineiro e abusava fortemente do álcool, e sua mãe trabalhava duro como cozinheira para que as crianças tivessem algo para comer. A vida da família, como todos dos vizinhos da região, não era fácil. A casa deles era pequena demais para uma família de seis pessoas e estava vazando. O pequeno Cristiano, de 2-3 anos, fez amizade com a bola. Ele até dormiu com ela.

Cristiano não era um aluno extraordinário, mas os professores lembraram dele como educado e alegre. Desde o início, era óbvio que a sua grande paixão era o futebol – ele costumava fugir das aulas para poder treinar, e podia fazer uma bola até de meias. Ele jogou na rua porque não havia nenhum campo próximo. Aos 6 anos, ele ingressou no primeiro clube de futebol. Seu treinador menciona que ele era magro, mas tinha muita vontade de lutar, sempre chorava quando não podia jogar ou sua equipa perdia a partida. Cristiano levou o futebol muito a sério desde o início. Ele tinha dois apelidos, “Choramingas”, porque ele podia chorar mesmo quando um amigo não passava a bola para ele e “Abelinha”, porque ele era imparável em campo.

Dentro de alguns anos, seu nome começa a ser conhecido em toda a ilha, os maiores clubes se interessam por ele. Aos 10 anos, Cristiano passa para o Nacional Madeira. É visível, que o menino está magro e desnutrido. Os treinadores dizem ao pai de Cristiano que o menino deveria comer mais, mas suas capacidades e determinação estavam além da disputa – ele sempre queria ser o melhor. Aos 12 anos, passa à outra transferência – desta vez para o clube localizado na capital de Portugal – Sporting CP. O clube pagou tanto dinheiro por um menino de 12 anos pela primeira vez – 22.500 euros. A partida de casa foi difícil para Cristiano e sua família.

Seu início em Lisboa foi também difícil. Ele é o mais novo da equipe, seu dia é organizado com detalhes: aulas até as 17 horas e depois o treinamento. As crianças na escola riem dele por causa do seu sotaque. É difícil entendê-lo, o idioma local dele é significativamente diferente do português falado na capital. No primeiro dia, Cristiano, fica furioso e ameaça o professor com uma cadeira. Alguns dias depois, ele recusou o treinador a limpar o vestiário pelo qual é punido, ele não joga em algumas partidas. O jovem jogador de futebol chora quase todos os dias, sente a falta da família, dos amigos e da ilha. Numa das entrevistas, Cristiano disse que era o momento mais difícil na sua vida.

Aos 15 anos, os médicos descobrem um sério problema cardíaco – ele necessitou a cirurgia. Tornou-se que ele tinha um defeito cardíaco congénito que fazia seu pulso subir acima do normal. Felizmente, os médicos usaram um laser para reparar a zona destruída e permitiram que Cristiano continuasse praticar o deportes no nível alto.

O jovem futebolista não deixou de surpreender, ele foi transferido para o Manchester United três anos depois. Foi uma grande honra para um jovem de 18 anos, mas também um grande desafio. Ele não percebia inglês e era uma matéria na escola que ele odiava. Além disso, a imprensa inglesa mostrou-se muito cética em relação ao jovem português, para quem o clube queria pagar muito dinheiro. No entanto, Ronaldo novamente não desiste e decide mostrar o que ele pode fazer. Torna-se o adolescente mais caro da história do futebol britânico – o clube pagou 15 milhões de euros por ele. Embora sua estreia na equipe inglesa seja um grande sucesso, em que Ronaldo é escolhido como Man of the Match, logo após, o jovem jogador é acusado de simular faltas em campo. Cristiano teve um problema com a adaptação a um jogo inglês, onde os defensores tinham permissão para coisas que não eram permitidas em Portugal. Em 21 de setembro, após a partida com o Arsenal, começa uma briga por causa dessas diferenças entre Cristiano e Martin Keown, pelas quais o português é punido e teve de pagar 4.000 libras.

Aos 19 anos, Cristiano é nomeado para a seleção portuguesa. É uma honra para ele, o menino está extremamente motivado, ele quer tornar-se um campeão europeu. No entanto, a partida termina com uma derrota, Ronaldo sente que falhou no seu país, nos jornais há uma foto dele chorando, olhando para o céu com as mãos cruzadas como para oração.

Os sucessos estão entrelaçados com falhas e situações muito difíceis. O jogador é injustamente acusado de estupro, seu pai morre e muitas vezes briga com os seus companheiros de equipe. Cada vez quando é difícil, Cristiano precisa de lembrar-se de uma coisa: ser futebolista é o seu sonho desde a infância, futebol é a sua paixão e, aconteça o que acontecer, ele deve ser forte e seguir em frente. Sua história é extremamente inspiradora e mostra, que o mais importante é a vontade de lutar, a fé em si mesmo e em seus próprios sonhos.

O artigo foi escrito com base no livro “Ronaldo A Obsessão Pela Perfeição” do autor Luca Caioli.