“A nossa história deve ser uma inspiração para que os sonhos se tornem realidade. Não importa onde estejas na tua vida, continua a trabalhar e não deixes que ninguém te diga o que podes ou não podes fazer”. – Giannis Antetokounmpo.

Giannis Antetokounmpo (06.12.1994) não teve um caminho fácil para chegar ao sucesso. Era filho de imigrantes ilegais da Nigéria, por isso logo aos 12 anos de idade teve de trabalhar para ajudar a sua família a ganhar dinheiro para a alimentação. Vendia frequentemente relógios falsos de marca, bolsas e óculos de sol nas ruas de Atenas. Nessa altura, vivia num dos bairros mais pobres de Atenas e a sua família pobre vivia apenas em dois quartos.

Quando era jovem, não tinha qualquer interesse no basquetebol. O sonho dele era tornar-se um jogador de futebol e ser como Thierry Henry. Infelizmente, não teve oportunidade de desenvolver a sua paixão porque depois de voltar para a escola, trabalhou ilegalmente na rua, o que ocupava a maior parte do seu tempo. 

Um momento importante na sua vida foi quando conheceu Spiros Velliniatis, o treinador do clube amador Filathlitikos. Foi Velliniatis que viu o potencial do jovem Giannis e convenceu-o a jogar basquetebol.

Mas isso não foi o fim dos seus problemas. No início, o rapaz jogou para uma equipa amadora nos arredores de Atenas, e infelizmente não houve muita gente a assistir aos jogos, que nem sequer foram transmitidos na televisão pública. Nesta situação, os caçadores de talentos dos Estados Unidos tiveram uma situação difícil para avaliar o potencial de um jovem jogador e assistir ao seu desenvolvimento. Apesar de se ter dito que Giannis tem talento e ganha pontos para a sua equipa, muitos clubes americanos não estavam convencidos sobre ele, porque jogava apenas na segunda liga grega, que não era uma das melhores. Também o perfil físico de Giannis não funcionava a seu favor – embora os seus longos braços e pernas indicassem que podia tornar-se maior e mais forte fisicamente, devido às más condições em que tinha de viver, o rapaz era muito magro e próximo da anemia.

Em 2013, ele conseguiu cumprir o seu objetivo – voou para Nova Iorque para se tornar um jogador profissional de basquetebol. Infelizmente, pouco antes da sua partida, outro problema revelou-se ser a falta de documentos adequados. Durante 18 anos da sua vida não teve qualquer cidadania, nem nigeriana nem grega. Felizmente, o governo grego concedeu-lhe a cidadania imediatamente antes da sua viagem. 

Nos dias do Draft na NBA (o recrutamento anual para a melhor liga do mundo), pela primeira vez na sua vida vestiu um fato. Foi um dia muito stressante para o jovem jogador, especialmente porque durante a cerimónia a maioria das equipas teve medo de arriscar e levar Antetokounmpo para a sua equipa. Finalmente, chegou o momento que mudou toda a vida dele – foi selecionado pelos Milwaukee Bucks.

A partir daí, a sua carreira começou a se desenvolver. Treinou duramente sob a orientação de um dos treinadores dos Bucks, que o acompanhou sempre nos exercícios. Na sua primeira temporada, transferiu o seu salário para a família e deixou a si próprio o mínimo necessário para sobreviver. 

Os seus modelos foram LeBron James ou Kevin Durant. Admirava as capacidades deles, questionando-se se alguma vez conseguiria igualá-las.

Hoje, é um dos melhores jogadores e ganhou o apelido “Greek Freak” devido às suas capacidades em campo. Ganhou duas vezes o prémio do jogador mais valioso da liga NBA,              e em 2020 foi anunciado que a equipa de Milwaukee iria prolongar o contrato dele por cinco anos, por um valor recorde de 228 milhões de dólares. 

Em 2021, foi ele e a sua equipa de Milwaukee Bucks que se tornaram campeões da NBA.                O seu impacto no jogo e na vitória foi indiscutível – no jogo final marcou 50 pontos, algoo anteriormente alcançado por LeBron James e Michael Jordan, entre outros.